Evolução dos Consoles (parte1)
Atari, “Nintendinho”, Mega Drive, Playstation... esses nomes são familiares entre muitas pessoas. Aqui no Brasil, desde a década de 80, os jogos eletrônicos fazem parte da vida dos jovens e têm evoluído cada vez mais rápido. Sim, o tempo passa depressa... mas a história dos videogames já registra mais de 50 anos!
Este artigo busca resgatar um pouco da trajetória dos consoles de mesa. Nesta primeira parte, conto as origens mais remotas, passando pela trajetória de sucesso do Atari e do Odyssey, até a crise que abalou o mundo dos videogames, em 1984.
1952 - Jogo-da-velha é primeiro game eletrônico
OXO. Esse é o nome do primeiro jogo eletrônico da história, ao menos pelo que se sabe até então. Consistia no famoso jogo-da-velha, que rodava em um computador EDSAC (Electronic Delay Storage Automatic Calculator) e fazia parte de um trabalho para a Universidade de Cambridge, de Alexander S. Douglas, para ilustrar interações entre humanos e máquinas.
1958 – Físico cria bombas atômicas e um game
O primeiro jogo eletrônico do qual se conhecem mais detalhes foi criado pelo cientista Willy Higinbotham para entreter os visitantes do Brookhaven National Laboratories, no estado de Nova Iorque. Em plena guerra fria, era comum a curiosidade das pessoas pelo poderio nuclear dos Estados Unidos. Para tornar as visitas mais interessantes, Higinbotham criou um jogo de tênis simples que era mostrado em um osciloscópio (aparelho que serve para medir e tornar visíveis as variações periódicas de uma corrente elétrica) e processado por um computador analógico.
O jogo fez sucesso entre os visitantes e tornou-se a atração principal do laboratório. Mais tarde, o físico aperfeiçoou sua criação e adaptou o jogo para ser mostrado em um monitor de 15 polegadas. O projeto recebeu o nome de Tennis Programming, também conhecido como Tennis For Two, mas nunca foi patenteado pois Higinbotham acreditava que sua invenção não tinha potencial algum.
No fim das contas, Higinbotham ficou mais conhecido pela sua participação no Projeto Manhattan e o desenvolvimento das primeiras bombas atômicas do que pela concepção do ancestral dos videogames modernos. O cientista Morreu em 10 de novembro de 1995 sem receber nenhum centavo pela invenção do jogo eletrônico.
1962 – O primeiro minicomputador é fabricado
Nem sempre houve consenso sobre quem foi o inventor do primeiro game. O reconhecimento já foi atribuído a Martin Graetz, Stephen Russell e Wayne Wiitanen, do Massachusetts Institute of Technology. Os cientistas inspiraram-se nos primeiros livros de ficção científica de E. E. “Doc” Smith e criaram o Spacewar em 1962.
O jogo simulava conceitos de física, como aceleração e gravidade, através de algoritmos. Com jogabilidade simples, continha também elementos que acabaram como sucesso em games da década de 70, como Pong
O objetivo dos cientistas era chamar a atenção do público para o minicomputador DEC PDCP-1, o primeiro já inventado. Era um aparelho simples e sem grandes atrativos, com 4KB de memória e processador de 8 bits. O que levaria as pessoas a querer conhecer a máquina? Exatamente isso: Spacewar!.



Aproximadamente 85.000 unidades do Odyssey e 20.000 rifles foram vendidos no ano do seu lançamento.





A quantidade de jogos lançada foi tão grande, que não impediu o surgimento de muitos jogos medíocres. Dessa forma, os consumidores desistiram do console. O Atari naufragou sete anos após seu lançamento e levou toda a indústria de videogames junto, no episódio conhecido como o crash dos videogames de 1984.


Década de 80 – Os mercado de games entra em crise

O console vinha com o clássico game Donkey Kong e sua biblioteca inicial de jogos contava com 12 títulos. Sua qualidade gráfica era comparável à dos arcades da época.

O Colecovision vendeu seis milhões de unidades em menos de dois anos, mas acabou com a produção paralisada após o crash de 1984.
1982 - Atari 5200


A crise durou cerca de um ano. Em 1985, os japoneses começavam a reerguer o mercado, com o lançamento do Nintendo Entertainment System. Mas essa é outra história, que fica para a parte 2 deste artigo. Até a próxima!